Bom Dia, São Paulo — 1977
Estreia do BOM DIA SP na Globo, em 1977. Começa com uma citação de Alzira Vargas a respeito do pai, Getúlio, que faria 94 anos naquele 19 de abril. E depois cita e coloca na tela este poema do Manuel Bandeira, outro aniversariante do dia (Irene era a esposa dele).
Daí corta pro informe do trânsito, que é apresentado por ESTE repórter.
Pouco depois, entrevista com Lygia Fagundes Telles, outra aniversariante do dia, tomando café da manhã. Contém o seguinte diálogo: — Lygia, você se considera realizada? — Não, Sumika(…). Acho que a gente não se realiza nunca… Se realiza na MORTE (…) (BOM DIA!)
A repórter Sumika Yamasaki botando o braço na frente da entrevistada para pegar um pouco de café (compreensível, cedo pacas isso aí)
“Eita cafézinho bom”
Enquanto passa manteiga num cream cracker, Lygia Fagundes Telles fala para Sumika Yamasaki que se pudesse apagaria os primeiros livros que escreveu e ficaria apenas com sete.
(Talvez fosse margarina numa torrada, mas tive que tomar uma decisão editorial)
Os livros: Histórias do Desencontro; Ciranda de Pedra; Verão no Aquário; Jardim Selvagem; Antes do Baile Verde; As Meninas; Seminário dos Ratos (que ela ainda ia lançar)
— O que é Seminário dos Ratos, pergunta Sumika. Lygia ri, e responde: — Seminário dos Ratos… Seminário dos Ratos é um seminários dos ratos, entende?
Lygia celebra o fato de que foi procurada DE MADRUGADA pelo BOM DIA SP, que aquilo é ótimo:
— Vocês têm que exaltar o escritor brasileiro!
No final da entrevista, alguém bate na porta. Daí entra um sujeito com um buquê de flores, para dar de presente para a aniversariante Lygia. (Metade da gravação desse BOM DIA SP é esta entrevista, fascinante)
Aqui o vídeo completo para quem quiser ver